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quinta-feira, 19 de maio de 2011

ENSAIO: O MATERIALISMO DIALÉTICO DE MARX


Carlos Eduardo da Silva Faria
Prof. Ms. Claudio César de Andrade
Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO
email: car_faria@hotmail.com

O pensador alemão Karl Marx (1818-1883), durante a fase de seu exílio que vai de 1843 à 1848, vive em Paris e depois em Bruxelas –, como acompanhamos nas aulas do professor Ms. Claudio e, de pronto o que por esse ensaio, faz uma tentativa de demonstração; dedica-se ele, Marx, ao estudo dos pensadores socialistas onde tenta interpretar o movimento à luz da dialética.
A pesar de ter feito da dialética hegeliana, um dos pontos básicos de sua teoria, Marx não a utiliza tal e qual a apresenta o filósofo alemão. Hegel é um filósofo idealista, enquanto Marx é um filósofo materialista. Para os idealistas, é pensamento, a ideia que cria a realidade; o espiritual, são forças que movem o universo. Já em Marx e Engels, que aprofundam as ideias materialistas, o pensamento é apenas um reflexo do real, pois na medida em que é produto do cérebro humano e que o homem é ele próprio, produto da natureza, o pensamento não pode deixar de ser também um produto da natureza.
Ressalta-se, então, que a dialética que embasa a doutrina de marxista não é a mesma dialética idealista de Hegel, mas sim a forma que esta dialética assume ao ser encarrada desde um ponto de vista materialista. É o materialismo dialético de Marx, o qual diz que o movimento dialético não possui por base algo espiritual, mas sim algo material.
O materialismo dialético é o conceito central da filosofia marxista, mas Marx não se contenta em introduzir esta importante modificação apenas no campo da Filosofia. Trouxe para o terreno da História, desenvolve assim, a teoria do materialismo histórico.
O materialismo histórico, a concepção materialista da História desenvolvida por Marx, é uma ruptura à História como estudado na época. A História idealista que dominara até àquela época chama-se História da Humanidade ou História da Civilização, algo que trata da sequência ordenada de fatos históricos.
Marx como materialista, interessa-se a base material da sociedades, religiões, impérios, etc. A ele importa saber qual é a base econômica que sustenta estas sociedades: quem produz, como produz, com que produz, para quem produz e assim por diante. Marx mostra o movimento da História das Civilizações enquanto movimento dialético. A teoria da História de Marx, examina o desenvolvimento histórico da humanidade, dispõe que as instituições e seus valores nem sempre são entendidos pelos homens da mesma maneira.
Para explicar as variações das manifestações da inteligência humana, Marx coloca, que deve existir uma estreita correlação, passível de ser provada, entre este movimento das ideias e a realidade material da sociedade; o movimento é produto de modificações que ocorrem na base material da sociedade.
No desenvolvimento de sua obra Marx, conclui que a estrutura político-jurídica e a ideologia (entendida esta como o sistema de ideias e os costumes) é o resultado das relações estabelecidas pelos homens em um determinado momento da História, e correspondem a cero estágio das forças produtivas. O que Marx denomina forças produtivas é o conjunto formado pelo clima, solo, água, matérias-primas, máquinas, mão-de-obra, instrumentos de trabalho e técnicas.
Segundo Marx, esse conjunto de relações entre homens, o conjunto das relações de produção, constitui um alicerce, uma infra-estrutura sobre a qual vai assentar-se a outra parte, como um edifício social, a superestrutura jurídica, política e ideológica.
Numa estrutura, assim colocada, como em um edifício, qualquer abalo ou mudança na na infraestruturas acarreta, sim, alterações na superestrutura. As relações de produção correspondem a um determinado estágio de desenvolvimento das forças produtivas e é, portanto, percebido que quando o desenvolvimento destas forças produtivas atinge um estágio mais avançado as antigas forças de produção mostram-se inadequadas As antigas relações de produção entram em choque, entram em contradição, com o novo estágio das forças produtivas, e isto bala os alicerces do edifício social. A superestrutura que está toda ela construída sobre a infraestrutura formada pelo conjunto das antigas relações das antigas relações de produção também se torna inadequada. A mudança das relações de produção (e consequentemente de toda a superestrutura) faz-se necessária e abre-se a possibilidade de revolução social.
Em suma, como apresentado nesse ensaio, temos a leitura de que o movimento da História possui uma base material, econômica, e obedece a um movimento dialético, como coloca Marx. O modo de produção feudal, tomado aqui como um exemplo, é o fato positivo, a afirmação, mas já traz dentro de si a sua própria negação: o desenvolvimento de suas forças produtivas propicia o surgimento da burguesia. À medida que estas forças produtivas se desenvolvem elas vão negando as relações feudais de produção e introduzem as relações capitalistas de produção. A luta entre a nobreza e a burguesia vai-se acirrando, em um determinado ponto deste desenvolvimento ocorre a ruptura e aparece o terceiro elemento mais desenvolvido, que é o modo de produção capitalista. Portanto, podemos deduzir, parafraseando Marx, que a luta entre as classes que faz mover a História.

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